NTC&Logística
30/09/2025 07h35
As rodovias federais que cruzam o Sul concentram um terço dos principais gargalos da região.
Os problemas estão principalmente na BR-101, que interliga as capitais Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
A estrada, apesar de ter sido concedida à iniciativa privada e ter recebido obras recentes, como o Contorno de Florianópolis, inaugurado há um ano, é apontada por empresas como um dos entraves logísticos da região.
Os problemas estão elencados no “Panorama da Infraestrutura – Região Sul”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicado em abril de 2024.
Dentre as 33 o
...As rodovias federais que cruzam o Sul concentram um terço dos principais gargalos da região.
Os problemas estão principalmente na BR-101, que interliga as capitais Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.
A estrada, apesar de ter sido concedida à iniciativa privada e ter recebido obras recentes, como o Contorno de Florianópolis, inaugurado há um ano, é apontada por empresas como um dos entraves logísticos da região.
Os problemas estão elencados no “Panorama da Infraestrutura – Região Sul”, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), publicado em abril de 2024.
Dentre as 33 obras prioritárias apontadas pela CNI, destaca-se o pedido de celeridade para melhorias na estrada, que é uma das principais artérias que conectam Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul ao restante do país.
“A BR-101, apesar de duplicada, é insuficiente. Passa por dentro de cidades e necessita de anéis viários em Itajaí e Joinville [SC]”, diz Marcos Egídio Battistella, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar). O trecho entre elas, Penha e Balneário Camboriú é o mais congestionado.
O Ministério dos Transportes informou que lançou, em 2023, procedimentos para “otimização” dos contratos de concessão de rodovias em vigor, como é o caso da BR-101.
“A ‘otimização’ permitirá uma modernização e padronização desses contratos, possibilitando a retomada imediata da execução de obras”, disse em nota.
Já o governo catarinense pretende construir uma estrada paralela à BR para dividir o tráfego entre Joinville e a Grande Florianópolis por meio de uma parceria público-privada (PPP). A nova estrada deve se chamar Via Mar e custará R$ 9 bilhões. Sua obra deve começar em 2026.
A CNI também recomenda a construção de uma rodovia contornando a baía de Guaratuba (PR), ligando a BR-277, no trecho da capital paranaense, ao litoral de Santa Catarina.
O projeto faz parte do Complexo Rodoviário no Litoral do Paraná, cujo estudo de viabilidade acaba de ser contratado pelo governo do Estado. O estudo irá analisar a possibilidade de três novas rodovias: o contorno da baía, com ligação da BR-277 à catarinense Garuva; uma pista ligando essa estrada a Matinhos, no litoral sul do Paraná, e uma estrada ligando a BR-116 à BR-277, passando por Antonina e Morretes (litoral norte). O investimento não está definido, mas o governo paranaense afirma que “sem dúvida” será o maior já realizado na região.
A recuperação da Ponte do Fandango, em Cachoeira do Sul (RS), atingida pela enchente de 2024 e recomendada pela CNI, teve início em novembro do ano passado.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) estima aplicar até R$ 62 milhões nas obras. O governo federal aprovou a destinação de R$ 6,5 bilhões para recuperação dos danos causados pela tragédia em todo o Rio Grande do Sul.
O documento abrange ainda projetos em aeroportos. Parte deles, como uma terceira pista no Aeroporto Afonso Pena, que atende Curitiba, já está encaminhada.
A concessionária Motiva Aeroportos estima gastar R$ 500 milhões na obra, que deve terminar em 2028. A CNI recomenda também investimentos em dois aeroportos municipais catarinenses, de Joaçaba e de Caçador. Santa Catarina tem um plano aeroviário com investimentos projetados de R$ 254 milhões até 2044.
Há propostas para obras em oito portos de Santa Catarina e no de Paranaguá (PR). O Paraná informou que seu porto é reconhecido como o de melhor gestão do Brasil e bateu recorde de movimentação de cargas em 2024. Ainda assim, vai receber um novo moegão – estrutura para centralizar o recebimento de grãos e farelos –, que aumentará sua capacidade de descarga ferroviária em 60%. A obra vai custar R$ 592 milhões e deve ficar pronta em dezembro.
Por fim, a CNI também recomenda a renegociação da concessão das ferrovias da Malha Sul, hoje administrada pela Rumo Logística. São 7.223 km de extensão de trilhos, mas 60% estão inativos segundo os governos estaduais.
O governo federal pretende relicitar a concessão em 2027, em conjunto com a Ferroeste, cuja privatização já foi autorizada.
30 de setembro 2025
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