Aos poucos, São Paulo tem colocado o retrofit no centro das discussões urbanísticas – não só na região central, mas também em bairros consolidados como Higienópolis, Ipiranga e Mooca, onde grande parte do estoque imobiliário é antigo e apresenta infraestrutura energética, hidráulica e construtiva desatualizada.

Dados divulgados em um seminário internacional sobre retrofit e restauro de imóveis, promovido pela Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA-SP) no início de setembro, em São Paulo, mostram que o interesse dos investidores pela prática vem crescendo.

Atualmente, já há 44 pedidos em análise na cidade, 21 projetos aprovados e cinco edifícios já entregues.

Entre os pontos que ganham relevância estão a modernização de sistemas construtivos, a melhoria do isolamento térmico, a ventilação natural, o uso de vegetação, o reúso de água e melhores condições de iluminação natural.

Localizado em um prédio tombado, o Noviciado Nossa Senhora das Graças das Irmãs Salesianas (na imagem acima) é um indicativo relevante dessa tendência.

Futuro lançamento no bairro do Ipiranga, trata-se de um exemplo de reúso adaptativo, no qual – segundo a incorporadora da Alfa Realty, responsável pela obra – “a história e a arquitetura original são respeitadas para dar origem a uma nova proposta de viver”.