Especial
30/09/2025 06h51 | Atualizada em 30/09/2025 07h20
Uma das maiores e mais dinâmicas megalópoles do mundo, a cidade de São Paulo enfrenta o desafio constante de conciliar um crescimento populacional contínuo com a necessidade de uma infraestrutura robusta de transporte urbano.
Atualmente composta por cerca de 20,7 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE, a Região Metropolitana forma um cenár
...Uma das maiores e mais dinâmicas megalópoles do mundo, a cidade de São Paulo enfrenta o desafio constante de conciliar um crescimento populacional contínuo com a necessidade de uma infraestrutura robusta de transporte urbano.
Atualmente composta por cerca de 20,7 milhões de pessoas, segundo dados do IBGE, a Região Metropolitana forma um cenário de intensiva movimentação humana, que exige soluções de mobilidade de grande escala.
Neste contexto, a melhoria do transporte público sobre trilhos emerge como uma resposta estratégica e de longo prazo.
Com investimento da ordem de R$ 15 bilhões, a expansão da Linha 2-Verde, atualmente em andamento, posiciona-se como um dos principais vetores para mitigar os gargalos do sistema.
A obra busca reduzir os congestionamentos e os tempos de viagem, assim como promover a redistribuição do fluxo de passageiros e o fortalecimento da integração metropolitana.
O projeto, que prevê a extensão da linha em direção à zona leste até Guarulhos, é uma intervenção planejada que, segundo dados do Metrô, irá beneficiar 1,2 milhão de passageiros por dia, com a expectativa de eliminar cerca de 120 mil baldeações diárias e aliviar a superlotação da Linha 3-Vermelha.
Do ponto de vista ambiental, o impacto também é expressivo: estima-se a redução de até 41,6 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano, além da economia de 20,5 milhões de litros de combustíveis fósseis.
O incentivo ao transporte coletivo melhora a fluidez do tráfego em vias cruciais, como a Marginal Tietê e a Rodovia Presidente Dutra, contribuindo diretamente para a qualidade do ar.
Responsável pelas obras, o Consórcio CGC é formado pelas empresas CRASA, Ghella e Consbem
Na execução do Lote 2 da obra, o Consórcio CGC — formado pelas empresas CRASA, Ghella e Consbem — compreende que a atuação no projeto vai além da responsabilidade técnica.
Ao ser concluído, o projeto representará um compromisso com o desenvolvimento metropolitano e uma oportunidade de melhoria da qualidade de vida da população.
Para a CRASA, líder do Consórcio, trata-se “de um legado em infraestrutura, conduzido com governança sólida, foco em sustentabilidade e atenção às necessidades sociais junto às comunidades lindeiras”.
O trecho em construção, entre Penha e Guarulhos, terá 6,5 km de extensão, com cinco novas estações, incluindo Ponte Grande e Dutra, em Guarulhos.
Nesses trechos, o Consórcio CGC investe em tecnologia de ponta, como a utilização de uma tuneladora (TBM – Tunnel Boring Machine), conhecida como “Tatuzão”, para a escavação de 5,8 km da extensão total, com eficiência e segurança.
A previsão de entrega do trecho é entre 2030 e 2031.
“A expansão, além de reduzir custos ambientais e sociais, gera milhares de empregos diretos e indiretos, valoriza áreas próximas às futuras estações e amplia o acesso a oportunidades de trabalho, estudo e lazer para a população”, assegura o Consórcio.
Construção da Estação Ponte Grande se diferencia pelo desafio técnico de execução
Entre as novas estações previstas, a Ponte Grande se diferencia pelo desafio técnico de execução.
Sob responsabilidade conjunta de CRASA e Ghella, a obra será praticamente toda escavada em rocha, utilizando o método NATM (New Austrian Tunneling Method).
O projeto prevê a abertura de um poço principal de 45 metros de diâmetro e 30 metros de profundidade, a partir do qual serão construídos dois túneis opostos, de cerca de 20 metros de diâmetro e 48 de comprimento, que abrigarão a plataforma de embarque.
Por suas características, a execução envolverá o uso de explosivos de forma controlada, com rígidos protocolos de segurança para trabalhadores e comunidades vizinhas.
“Assim como ocorre nas outras frentes do Lote 2, o cuidado com a população do entorno será uma prioridade, não só com o uso das melhores práticas de engenharia, mas também com ações de comunicação social que busquem orientar e dialogar com os moradores ao longo de toda a obra”, destaca Renato Coelho, gerente técnico da CRASA.
A Estação Ponte Grande integra a mesma fase em que já estão sendo conduzidas as Estações Penha e Penha de França, além da execução de túneis, vala de estacionamento de trens e poços de ventilação.
Trata-se, portanto, de uma etapa estratégica para consolidar a conexão da Linha 2-Verde até Guarulhos.
Expansão da Linha 2-Verde representa um avanço estrutural para a maior metrópole do país
Mais do que infraestrutura, a expansão da Linha 2-Verde representa um avanço estrutural para a maior metrópole do país.
Cada túnel escavado, cada estação concluída e cada tecnologia aplicada reforçam um compromisso coletivo: entregar soluções de mobilidade que melhorem a qualidade de vida, fortaleçam a economia local e promovam uma cidade mais sustentável.
“Com a união de competências do Consórcio CGC e a expertise técnica da CRASA e Ghella na execução da Estação Ponte Grande, São Paulo dá mais um passo rumo a um futuro em que transporte público, inovação e desenvolvimento caminham lado a lado”, comenta o Consórcio.
Para as construtoras, a obra abre oportunidades de aplicar a experiência em engenharia e tecnologia para entregar um dos projetos de mobilidade mais importantes da história recente de São Paulo.
“Projetos como este, com impacto direto na economia regional e na vida cotidiana da população, exigem grande preparo prévio e técnicas competentes para gerir os desafios complexos e inerentes a obras de tal magnitude”, finaliza. ♦
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30 de setembro 2025
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