O Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC) divulgou o relatório anual com o desempenho do setor em 2024.

Segundo a entidade, a indústria brasileira do cimento encerrou o ano passado com desempenho considerado positivo.

Em 2024, o consumo do produto totalizou 64,8 milhões de toneladas, um aumento de 4,1% em relação a 2023.

O resultado, de acordo com o SNIC, representa acréscimo de 2,6 milhões de toneladas ao longo do ano, revertendo a queda de 2,5 milhões de toneladas registrada nos dois anos anteriores (-2,7% em 2022 e -0,89% em 2023).

“A alta foi impulsionada pelo aquecimento do mercado de trabalho e renda da população”, observa Paulo Camillo Vargas Penna, presidente do SNIC.

Além disso, ele prossegue, o setor imobiliário, importante indutor no consumo de cimento, seguiu em expansão, puxado pela retomada das obras do programa MCMV.

“Mesmo em um cenário de incertezas em relação à economia – incluindo endividamento, inadimplência e alta taxa de juros –, a indústria segue confiante para o próximo fechamento anual”, aponta.

De acordo com SNIC, o otimismo se ancora em duas frentes: a força do MCMV, que deve gerar demanda adicional de 2,5 a 3 milhões de toneladas de cimento por ano, e os investimentos em infraestrutura, com destaque para a habitação e a forte expansão do pavimento de concreto rodoviário e urbano.

Na agenda ambiental, a indústria apresentou durante a COP30 seu novo Roadmap Net Zero 2050, que abrange metas como a neutralidade de carbono no setor até 2050, por meio de instrumentos de remoções e compensações, como soluções baseadas na natureza (SbN).

“A indústria brasileira do cimento trabalha junto ao governo na elaboração de metas setoriais contemplando tanto a descarbonização industrial quanto o crescimento econômico para atender à demanda de infraestrutura e habitação, essenciais para o desenvolvimento socioeconômico do país”, conclui Penna.