Assessoria de Imprensa
15/10/2025 12h14
Na semana passada (9), a Coalizão Minerais Essenciais, iniciativa que reúne 14 entidades e empresas do setor de mineração, apresentou ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, um estudo que aponta caminhos potenciais para reduzir em até 90% as emissões de carbono e contribuir para a diminuição das emissões totais do Brasil até 2050.
O documento também reforça que o setor mineral brasileiro tem potencial de reduzir as emissões globais da cadeia do aço e apoiar o processo de eletrificação global.
A iniciativa é liderada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvim
...Na semana passada (9), a Coalizão Minerais Essenciais, iniciativa que reúne 14 entidades e empresas do setor de mineração, apresentou ao presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, um estudo que aponta caminhos potenciais para reduzir em até 90% as emissões de carbono e contribuir para a diminuição das emissões totais do Brasil até 2050.
O documento também reforça que o setor mineral brasileiro tem potencial de reduzir as emissões globais da cadeia do aço e apoiar o processo de eletrificação global.
A iniciativa é liderada pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), pela Vale e pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
A Coalizão foi constituída a partir de convite da Presidência da COP30, que sugeriu que seis setores chave da economia no Brasil (agricultura, energia, florestas, mineração, pecuária e transportes) se mobilizassem para propor caminhos de descarbonização, a serem apresentados durante o evento que será realizado em novembro, em Belém (PA).
O estudo mostra que a transição energética global está diretamente vinculada à mineração e que o Brasil está posicionado estrategicamente neste cenário, por possuir uma das maiores diversidades geológicas do mundo, um setor mineral desenvolvido e uma matriz elétrica renovável, entre outros fatores.
Além de apontar a contribuição potencial do setor para a transição energética e para a descarbonização da economia, o estudo lista cinco pré-requisitos para que esse potencial seja atingido nos próximos anos.
“As coalizões simbolizam o espírito de mutirão que a COP30 inspira: empresas, governo e sociedade civil atuando juntos, de forma colaborativa e pré-competitiva, para construir consensos setoriais e soluções alinhadas à ciência”, afirmou Marina Grossi, presidente do CEBDS.
Segundo ela, a iniciativa é o ponto de partida de um processo que vai além do papel, que é transformar consensos em implementação para uma economia de baixo carbono.
“Nesse movimento, a Coalizão de Minerais assume papel estratégico ao propor caminhos concretos para descarbonizar sua cadeia e apoiar a transição energética global”, ressaltou.
O presidente da Vale, Gustavo Pimenta, considera o engajamento do setor privado essencial para a agenda climática avançar no Brasil.
“Principalmente num momento como este, em que os minerais de transição energética ganham relevância na geopolítica mundial”, apontou.
“O Brasil está no centro dessa discussão, pois tem enorme potencial de produção desses minerais, além de ser um dos maiores produtores de minério de ferro de alta qualidade, essencial para a descarbonização da siderurgia”, avaliou Pimenta.
Para o presidente do IBRAM, Raul Jungmann, o relatório mostra que a mineração é um pilar essencial da solução para a crise climática.
"O Brasil possui uma vantagem competitiva única, com diversidade geológica e uma matriz elétrica limpa”, frisou.
“O estudo mostra que estamos prontos para fornecer os minerais que o mundo precisa para construir uma economia de baixo carbono, mas não podemos fazer isso sozinhos", acrescentou.
A Coalizão analisou três escopos de contribuição da mineração para a descarbonização e a transição energética global.
O primeiro, voltado para a diminuição de emissões da própria atividade de mineração, apontou redução potencial de até 80% das emissões do setor e a neutralização de cerca de 14% das emissões, levando a uma redução total de cerca de 90% até 2050.
Um segundo eixo, dedicado a contribuições da mineração para reduzir as emissões da cadeia global do minério de ferro, indicou que as reduções podem chegar a 110 MtCO2e em 2050 (o equivalente a oito vezes as emissões anuais da mineração brasileira em 2022) por meio de produção de insumos para o aço de baixo carbono, como pelotas e briquetes para rota de redução direta.
Além disso, há a possibilidade de redução das emissões em atividades como pelotização, transporte ferroviário e navegação internacional, dependendo de instrumentos econômicos e pré-requisitos apresentados no estudo.
Já em relação aos minerais de transição energética – como cobre, níquel, bauxita, lítio, terras raras, entre outros –, a Coalizão estima que o setor mineral brasileiro pode dobrar a produção desses minerais até 2050, levando a uma redução das emissões totais do país de até 300 MtCO2e por ano em 2050, o equivalente às emissões totais dos estados de São Paulo e Minas Gerais somadas em 2023.
O estudo está disponível para download neste link.
15 de outubro 2025
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