O avanço expressivo do setor imobiliário brasileiro confirma o bom momento do mercado e a confiança dos investidores – mas também impõe novos desafios à qualidade, segurança e eficiência das obras em território nacional.

Nesse cenário de expansão, a inspeção acreditada ganha protagonismo como uma aliada essencial para empreendimentos que buscam garantir conformidade técnica, cumprimento de cronogramas e atração de investimentos.

Realizada por Organismos de Inspeção Acreditados (OIAs), conforme critérios definidos pelo Inmetro e pela norma ABNT NBR ISO/IEC 17020, a inspeção atua desde a fase de projeto até a operação, assegurando que cada etapa do empreendimento siga padrões técnicos, regulatórios e contratuais.

“A inspeção acreditada reduz riscos de falhas, retrabalhos e atrasos”, diz Andre Hernandes, vice-presidente de Inspeções da Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade (Abrac).

“Além disso, proporciona mais transparência e segurança jurídica para todos os envolvidos no projeto, do incorporador ao cliente final”, destaca.

Ao oferecer relatórios técnicos auditáveis e rastreáveis, a inspeção acreditada contribui para maior confiança entre investidores, agentes financeiros e órgãos públicos, garante Hernandes.

“Isso é especialmente importante em um ambiente regulado, competitivo e cada vez mais orientado à prestação de contas”, comenta.

Em muitos casos, também pode ser pré-requisito para a liberação de recursos públicos ou privados.

No entanto, a atuação dos OIAs vai além da verificação de documentos, pois envolve ainda vistorias em campo, análise de premissas técnicas, avaliação de desempenho e validação de conformidade com exigências ambientais e de segurança.

De acordo com o Inmetro, o Brasil conta hoje com 19 OIAs-EI ativos atuando em áreas como habitação, energia, saneamento e transportes.

“O crescimento do setor imobiliário precisa estar ancorado em mecanismos que garantam entregas de qualidade”, avalia Hernandes.

“A inspeção acreditada cumpre esse papel e já se mostra uma ferramenta eficaz para destravar obras, mitigar riscos e proteger investimentos”, completa.