A Alstom realizou na semana passada (8) o "Mobility Day", evento que marca os 70 anos da empresa no Brasil.

Realizado em São Paulo, o evento reuniu autoridades e representantes do setor para debater os principais desafios e oportunidades para a mobilidade no país, em painéis sobre descarbonização, investimentos na mobilidade urbana, inovação, geração de empregos e exportação.

Na abertura, Suely Sola, diretora geral da Alstom no Brasil, mencionou que “mais do que nunca, é essencial debater e cocriar soluções para os desafios da mobilidade urbana”.

“Mobilidade é um direito e um vetor de desenvolvimento econômico, social e ambiental”, disse ela.

Na sequência, Bernard Peille, vice-presidente da Alstom América Latina, acentuou que o Brasil é um mercado estratégico para a companhia, não apenas pela dimensão, mas ainda oportunidades que apresenta em gerar soluções em mobilidade que impactam positivamente em toda a região.

Peille mencionou que a fábrica em Taubaté (SP) é uma das 10 maiores unidades da Alstom no mundo, atendendo projetos nacionais e internacionais em países como Chile, Romênia e Taiwan.

“Isso demonstra o alcance e a relevância da operação brasileira, que se tornou referência internacional em engenharia, produção e inovação”, apontou.

O primeiro painel enfatizou a mobilidade urbana no centro da transformação climática e social e os desafios para garantir que essa transição seja sustentável e acessível para as cidades.

O debate contou com a mediação de Ana Patrizia Lira, diretora executiva da ANPTrilhos, com participação de Tomas Anker, diretor sênior de investimentos do International Finance Corporation (IFC), Pedro Sutter, vice-presidente de inovação, riscos e sustentabilidade da Motiva, Ricardo Sanchez, líder de desenvolvimento de negócios e concessões da Acciona, e Véronique Andriès, vice-presidente de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa da Alstom.

Para Véronique, mobilidade não é só movimentar pessoas, mas também proporcionar acesso à saúde, educação e ao trabalho.

“Descarbonizar a mobilidade urbana é mais do que uma meta ambiental: é uma transformação social”, afirmou.

“Precisamos garantir que as cidades cresçam de forma justa, com transporte limpo, acessível e seguro para todos, principalmente para as futuras gerações”, reforçou.

O segundo painel abordou os desafios enfrentados no sentido de ampliar os investimentos em infraestrutura e serviços para atender à crescente demanda da população.

Os participantes debateram como os projetos de mobilidade urbana têm o potencial de ir além da infraestrutura, impulsionando a inovação tecnológica, fortalecendo a indústria nacional e criando oportunidades de emprego.

O painel, mediado por Suely Sola, contou com a participação de Luciene Machado, superintendente do BNDES, Júlio Castiglioni, presidente da Companhia do Metropolitano de São Paulo (CMSP), Roberto Garib, secretário adjunto do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e Augusto Almudin, diretor da Companhia Paulista de Parcerias (CPP).

“A mobilidade é um dos pilares para o desenvolvimento sustentável do Brasil”, disse Suely Sola.

“Nosso compromisso é colaborar com soluções que unam inovação, inclusão e eficiência, garantindo que cada investimento em transporte se traduza em qualidade de vida e oportunidades para a população”, completou.

O terceiro e último painel debateu como os projetos de mobilidade urbana podem se tornar alavancas para a inovação, passando pelo potencial de exportação e internacionalização de soluções brasileiras no setor e pelo fortalecendo da indústria nacional e a geração de empregos.

Mediado por Eric Farcette, diretor comercial e de relações governamentais da Alstom no Brasil, o painel contou com a participação de Jorge Lima, secretário de desenvolvimento do Estado de São Paulo, Pedro Marques, chefe de departamento do BNDES, Thierry Besse, diretor institucional da Vinci Concessions no Brasil e presidente da Câmara de Comércio França-Brasil de São Paulo, e Vicente Abate, presidente da ABIFER (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária).

“A mobilidade urbana tem potencial para impulsionar todo o ecossistema econômico, desde a geração de empregos até o fortalecimento da indústria nacional”, explicou Eric.

“Quando investimos nesse setor, estamos não apenas melhorando o transporte, mas também criando oportunidades de inovação e exportação para o Brasil”, concluiu.