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Construção civil pede modernização urgente frente ao avanço tecnológico

Especialistas alertam que falta capacitação para sustentar a revolução digital nos canteiros

Assessoria de Imprensa

08/10/2025 13h11 | Atualizada em 09/10/2025 05h20


Um manifesto assinado por cinco das principais entidades do setor da construção civil — SindusCon-SP, CBIC, Abrainc, Secovi-SP e Sintracon-SP — coloca em pauta o que executivos e especialistas do setor já sentem no dia a dia.

Segundo os especialistas, o país precisa modernizar as legislações trabalhista e tributária para acompanhar a revolução tecnológica nos canteiros de obra.

Divulgado no fim de agosto, o “Manifesto da Indústria da Construção Civil 2033” alerta para a urgência de incentivar a qualificação da mão de obra, reduzir a informalidade e adaptar o modelo tributá

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Um manifesto assinado por cinco das principais entidades do setor da construção civil — SindusCon-SP, CBIC, Abrainc, Secovi-SP e Sintracon-SP — coloca em pauta o que executivos e especialistas do setor já sentem no dia a dia.

Segundo os especialistas, o país precisa modernizar as legislações trabalhista e tributária para acompanhar a revolução tecnológica nos canteiros de obra.

Divulgado no fim de agosto, o “Manifesto da Indústria da Construção Civil 2033” alerta para a urgência de incentivar a qualificação da mão de obra, reduzir a informalidade e adaptar o modelo tributário para estimular a adoção de métodos construtivos mais eficientes.

O documento destaca que, embora o setor mantenha mais de 3 milhões de empregos formais, cerca de 5 milhões de trabalhadores ainda atuam na informalidade — muitos sem acesso ou preparo para a nova realidade digital que já se impõe.

Os números do setor ajudam a entender o desafio. Um estudo conduzido pela Deloitte com a Fiesp estima que, entre 2023 e 2025, a construção civil deve perder R$ 59,1 bilhões apenas em função de atrasos e falhas operacionais.

Já os índices de desperdício de materiais giram entre 30% e 40%, segundo levantamento da Autodesk.

Essa movimentação encontra eco na experiência prática de quem está na linha de frente da transformação digital nas obras.

“A tecnologia deixou de ser um diferencial, pois hoje é o que garante eficiência mínima no canteiro de obras”, afirma Bárbara Kemp, fundadora e CTO da Kemp Projetos e Gerenciamento de Obras.

Com atuação em projetos de redes como Renner, O Boticário e Itaú, Bárbara observa que, apesar da presença crescente de sensores de progresso, drones com visão computacional e plataformas BIM com suporte de IA, os maiores obstáculos ainda estão na base: falta de estrutura, processo e capacitação.

“A IA não resolve o caos — ela multiplica aquilo que já está estruturado. Sem uma base sólida, vira só mais uma ferramenta mal aproveitada”, comenta.

A Kemp desenvolveu o Workemp, plataforma de gestão usada por empresas como grandes bancos para centralizar dados, acompanhar cronogramas e antecipar falhas.

Mas, segundo Bárbara, a tecnologia só entrega valor real quando acompanhada de treinamento e mudança de mentalidade.

“Hoje conseguimos tomar decisões com base em dados consolidados, reduzir desperdícios e garantir previsibilidade”, aponta.

“Mas isso só é possível porque investimos em capacitação contínua”, constata a executiva.

Apesar do cenário desafiador, Bárbara enxerga uma janela estratégica de oportunidade.

“O setor está mais aberto do que nunca à mudança. Mas ainda há muito discurso bonito sobre inovação e pouca prática de gestão”, adverte.

“A digitalização real só acontece com processos organizados, governança e gente bem treinada”, afirma.

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