Bandnews
16/07/2025 10h12 | Atualizada em 17/07/2025 10h41
A cidade de Belém, no Pará, é uma das piores colocadas no ranking de saneamento básico divulgado no dia 15 de julho pelo Instituto Trata Brasil. A capital paraense vai receber em novembro a edição de número 30 da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Além de Belém, o estado ainda tem outros dois municípios no fim da lista, incluindo Santarém, considerado o pior entre os analisados.
O estudo reúne indicadores sobre tratamento e coleta de água, esgoto, investimentos e desperdício durante o abastecimento. O saneamento básico é o conjunto de ações que gara
...A cidade de Belém, no Pará, é uma das piores colocadas no ranking de saneamento básico divulgado no dia 15 de julho pelo Instituto Trata Brasil. A capital paraense vai receber em novembro a edição de número 30 da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.
Além de Belém, o estado ainda tem outros dois municípios no fim da lista, incluindo Santarém, considerado o pior entre os analisados.
O estudo reúne indicadores sobre tratamento e coleta de água, esgoto, investimentos e desperdício durante o abastecimento. O saneamento básico é o conjunto de ações que garantem a higiene e a saúde de uma população, como o acesso à água potável, à limpeza urbana e esgotamento sanitário.
Segundo o Trata Brasil, para garantir a universalização dos serviços, ou seja, o acesso integral, é necessário que cada cidade faça um investimento médio per capta de R$ 223,82.
Hoje, as 20 melhores posicionados no ranking investem, em média , R$ 176,39. A situação é ainda pior no fim do ranking: o investimento médio é de R$ 78,40. No caso do pior município, Santarém, o investimento é de R$ 37,35. Belém investe R$ 61,91.
O prefeito da capital paraense, Igor Normando (MDB), afirmou em entrevista exclusiva à BandNews FM que os problemas sanitários não serão “maquiados” durante a COP e que a gestão municipal espera que a comunidade internacional possa auxiliar na busca por investimentos na área:
"Nós queremos esclarecer os problemas, até para chamar a atenção da comunidade internacional para investimentos, porque o que vejo, muitas das vezes, são projetos financiados por organismos internacionais que não conversam com as cidades, com a floresta, com os rios. Às vezes, se gastam milhões com projetos de instituições que muitas das vezes nem conhecem a Amazônia, enquanto na cidade tem pessoas que precisam desse olhar mais atento", diz o prefeito.
Entre as 100 cidades analisadas, apenas duas conseguem oferecer 100% de coleta de esgoto para a população: Curitiba (PR) e Santo André (SP).
A pior condição é a de Bauru (SP), com apenas 3,2% de esgoto tratado.
Entre as principais preocupações do estudo, a disparidade regional chama atenção como um intensificador das desigualdades no acesso ao saneamento básico.
Entre as 20 melhores cidades do ranking, só há representantes da região Centro-Sul. São nove de São Paulo, uma do Rio de Janeiro, duas de Goiás, três de Minas Gerais e cinco do Paraná.
Já entre as 20 piores, 14 são de estados do Norte ou do Nordeste.
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