O custo de compra de energia para cumprir obrigações contratuais da usinas de Pecém I, no Ceará, e Usina de Itaqui, no Maranhão derrubou o desempenho da empresa nos primeiros três meses de 2013. A segunda turbina de Pecém entrou em operação somente em fevereiro deste ano, mesmo mês em que a de Itaqui foi autorizada a operar comercialmente pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Os custos operacionais consolidados da MPX quase quadruplicaram entre o primeiro trimestre de 2012 e mesmo período em 2013. Nos primeiros três meses deste ano, somaram R$ 312,6 milhões, contra R$ 81,8 milhões em igual trimestre no ano passado. Somente o custo total de aquisição de energia elétrica em Itaqui no primeiro trimestre deste ano chegou a R$ 165,3 milhões, informou a empresa.

Esse cenário, na prática, derrubou o Ebitda (lucro antes do resultado financeiro e de tributos) da MPX, negativo em R$ 137,6 milhões no primeiro trimestre deste ano, o dobro do observado no mesmo período de 2012 (R$ 65,3 milhões).

Entretanto, cresceu a receita operacional líquida consolidada da geradora do grupo EBX, que foi de R$ 196,1 milhões no primeiro trimestre deste ano - alta de 159,2% ante igual período em 2012. Esse resultado foi impulsionado pelo início do contrato de Comercialização de Energia no Ambiente Regulado (CCEAR) da usina de Itaqui, no Maranhão, e de três das quatro turbinas da usina de Parnaíba I, também no Maranhão.

O volume de energia vendida no primeiro trimestre pela empresa foi de 1.363 gigawatts-hora (GWh), desconsiderando os volumes negociados pela MPX Comercializadora.

Porém, a dívida líquida (dívida total menos caixa e valores mobiliários) somou R$ 5,095 bilhões ao final do mês de março, o que representa 10,9% acima do endividamento observado em 31 de dezembro de 2012.

A MPX informou ainda que a conclusão da aquisição de 24,5% da companhia pela alemã E.ON, anunciada em 2012, está prevista para a primeira quinzena de maio, desde que a empresa tenha as aprovações societárias e governamentais necessárias.